A Coragem
- Vivian Fróes
- 13 de jul.
- 2 min de leitura
Não Temos Permissão para Ser Mulheres…

Desde cedo, somos obrigadas a decidir se queremos nos fragmentar para nos adequarmos a uma versão masculinizada e patriarcal de nós mesmas ou se preferimos nos esconder atrás de uma figura frágil e incapaz, sem qualquer esperança de realização plena.
Por que uma mulher não pode se dar ao luxo de prosperar, ter sucesso profissional e, ao mesmo tempo, criar raízes, viver tranquilamente e ter tempo livre para outras atividades?
Sim, as mulheres são mais afetadas devido à nossa predisposição naturalmente introspectiva, intuitiva e criativa. Mas, no fundo, todos somos afetados.
Não Temos Permissão para Ser Humanos…
Desde pequenos, temos que estudar e ainda cumprir tarefas domésticas, fazer trabalhos escolares, realizar trabalho extra, hora extra. Tudo para que isso tome todo o nosso tempo, nossa vida, nossa saúde. Como se, sem esse sacrifício literal, não houvesse chance de sucesso e felicidade neste mundo.
Bom, o mundo é feito de pessoas, pessoas que sofrem com esse modo de pensar… o que estamos esperando para mudar isso? É claro, não podemos mudar o mundo, só a nós mesmos. Não podemos mudar o outro, mas podemos dar o exemplo.
E que exemplo seria esse? … o da coragem. A coragem de ir contra a correnteza, mesmo quando todos ao seu redor dizem: reme, reme sem parar, lute, trabalhe enquanto os outros dormem. A coragem de ser tachada de desmotivada, preguiçosa, louca, hiponga, namastê, gratiluz… não só pelos outros, mas até por você mesma às vezes.
A coragem de confiar em nós mesmas, em nossos instintos, em nosso corpo, nos sinais da natureza, na intuição e em todas as coisas impalpáveis que nos ensinaram a não acreditar. A coragem de acreditar que tudo isso existe, mesmo às vezes sem ver e sentir, ou melhor, mesmo antes de aprender a identificar que, sim, você é sensitiva. Sim, você é intuitiva.
A ousadia de dizer não ao sistema vigente, de ser o Mahatma Gandhi de si mesma e do novo mundo, libertando-se, pacificamente e pacientemente, do jugo desses hostis ditadores.
- Vivian Fróes



