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O retorno do recalcado: Tem algo que insiste em voltar, mesmo quando queremos seguir em frente.

  • Foto do escritor: Vivian Fróes
    Vivian Fróes
  • 10 de out.
  • 1 min de leitura

Às vezes, a gente sente que está repetindo os mesmos erros, mesmo tentando fazer diferente. Em outras ocasiões, uma reação exagerada, como uma raiva que explode por algo pequeno, parece vir de um lugar que nem sabemos nomear. Há também aqueles sonhos estranhos, que nos deixam inquietos ao acordar, ou aquele esquecimento "sem querer" que causa constrangimento. Esses pequenos sinais podem ser pistas de algo mais profundo: o que a psicanálise chama de retorno do recalcado.


Esse conceito, criado por Freud, fala sobre como certos pensamentos, desejos ou lembranças que consideramos inaceitáveis ou dolorosos são empurrados para longe da consciência. A gente não pensa neles diretamente, mas eles continuam vivos, agindo por trás das cortinas. Com o tempo, voltam. Não como eram, mas disfarçados. Podem aparecer como sintomas físicos sem explicação médica, como ansiedade constante, insônia, crises de pânico ou até como padrões de relacionamento que se repetem e machucam.


O retorno do recalcado não é um castigo, nem um defeito. É o modo como a mente tenta lidar com o que não conseguiu elaborar. E embora esses sinais possam parecer confusos ou até assustadores, eles também são convites. Convites para olhar com mais cuidado para dentro, para entender o que está pedindo espaço, o que precisa ser escutado.


Nem sempre é fácil fazer esse mergulho. Mas há caminhos que ajudam. Espaços de escuta, de acolhimento, onde o que foi recalcado pode finalmente ser dito, compreendido e transformado. Às vezes, tudo começa com uma pergunta simples: "Por que isso me afeta tanto?" E essa pergunta pode abrir portas que estavam fechadas há muito tempo.


- Vivian Fróes



 
 
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© 2025 por Vivian Fróes

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